Pare de Adivinhar: Trate o Concreto Armado como um Cenário
Concreto armado não é apenas “concreto mais duro”; são dois materiais empilhados: agregado abrasivo mais vergalhão resiliente. A assinatura de falha é previsível: cantos de carboneto lascados, hastes entortadas e furos superdimensionados que arruínam os valores de arrancamento das ancoragens. Trate isso como um cenário definido e padronize a geometria da cabeça, os ajustes da máquina e a sequência.
- Objetivo: Manter o furo redondo e dentro da tolerância ao atravessar vergalhão sem matar a broca.
- Método: Geometria 4‑cutter/cross‑head + avanço constante + evacuação de pó em etapas.
- Resultado: Furos compatíveis com PGM para ancoragens, menos calor e menos trocas de broca na obra.
Projeto de Broca que Sobrevive ao Impacto no Vergalhão
- Escolha da cabeça: Use pontas 4‑cutter ou cross‑head; elas mantêm trajetória circular e resistem a engates nas nervuras do vergalhão.
- Carboneto e brasagem: Cabeça inteira em carboneto com filete de brasagem profundo tolera choque melhor que pequenos insertos. Prefira carboneto de grão fino para reduzir micro‑lascas.
- Sistema de haste: SDS‑Plus para furos de ancoragem de 6–16 mm e serviço leve‑médio; SDS‑Max para perfurações estruturais de 18–32 mm, onde a energia de impacto é maior.
- Geometria das canaletas: Canaletas profundas e polidas expulsam pó quente antes que ele vitrifique. Use SDS‑Max de canaleta longa em embutimentos profundos para manter o torque consistente.
- Tolerâncias: Para ancoragem, exija selo PGM; ele garante tolerância de diâmetro após contato com vergalhão quando usado corretamente.
Configuração da Ferramenta e Parâmetros
- Detecte o vergalhão: Use scanner ou planta; marque as barras para que o operador saiba quando aliviar o avanço.
- Rotação/impacto: Mantenha o modo martelo ligado. Ajuste RPM médio (ex.: 500–900 rpm no SDS‑Plus, 250–450 rpm no SDS‑Max) com avanço firme, porém sem agressividade.
- Controle de profundidade: Use limitadores ou haste de profundidade para evitar ultrapassar e alargar o furo quando a broca atravessa.
- Resfriamento e pó: Aspirador ou extrator reduz calor. Molhar levemente é opcional; não inunde o furo.
Sequência de Perfuração que Protege a Broca
- Marque a superfície: Comece perpendicular e deixe a ponta centradora assentar.
- Mantenha o ritmo: Acione o martelo e avance de forma constante para evitar repiques que lascam o carboneto.
- Ao tocar no vergalhão: Reduza o avanço em ~30%, mantenha o martelo e deixe a 4‑cutter cortar. Se a ferramenta travar, retraia 5–10 mm, limpe o pó e reentre no mesmo ângulo.
- Limpe o furo: Escova + sopro + aspiração, especialmente para ancoragens químicas. Em furos profundos, repita a cada 50 mm.
- Verifique o diâmetro: Use pino calibrador ou uma bucha‑teste; rejeite furos que ovalizem após contato com vergalhão.
Se Ainda Assim Se Comportar Mal
- Broca trava no vergalhão: Canaletas cheias — aspire e escove; avanço alto — reduza; energia baixa — faça manutenção no mandril e lubrifique.
- Furos ovalados: Causados por repique de 2‑cutter; troque para 4‑cutter/cross‑head e mantenha alinhamento.
- Azulamento/superaquecimento: Pó não evacuado — encurte as bicadas e limpe a cada 30–50 mm; evite pressão contínua em baixa rotação.
- Cantos lascados: Carboneto barato ou brasagem rasa — use cabeça inteira em carboneto (veja a comparação relacionada).
Lista de Materiais (Seleção Zhonghuan)
- Brocas SDS‑Plus 4‑cutter PGM, 6–16 mm, para ancoragens em lajes armadas.
- Brocas SDS‑Max 4‑cutter de canaleta profunda, 18–32 mm, para aberturas estruturais e embutimentos profundos.
- Kit de extração de pó + escova de nylon/aço + pera de sopro para preparo de ancoragem.
- Limitadores de profundidade e pinos calibradores para verificar profundidade e diâmetro após contato com vergalhão.
- Se for necessário cortar completamente o vergalhão, use um cortador de vergalhão ou uma coroa diamantada; não force uma broca de alvenaria a fresar aço.